O Comité da BIMCO, uma organização privada de armadores e operadores do transporte marítimo internacional, concordou abordar uma nova cláusula padrão de segurança cibernética que exigirá que as partes implementem procedimentos e sistemas de segurança cibernética, para ajudar a reduzir o risco de incidentes e atenuar as consequências caso ocorra uma violação de segurança, avançou esta Quarta-feira a BIMCO em comunicado oficial.

Este comité surge na sequência dos incidentes recentes que têm vindo a afectar grandes empresas de navegação, fazendo da segurança cibernética um dos principais focos do sector marítimo. Assim, a BIMCO quer agora assumir uma posição de liderança em questões de segurança cibernética ao lado da IMO (Organização Marítima Internacional). Posição esta que tomará seguindo as «Directrizes da indústria sobre segurança cibernética a bordo de navios» e desenvolvendo a Cláusula Cyber Security BIMCO.

Espera-se que a cláusula ajude as partes a obter seguros acessíveis nesta matéria, uma vez que introduz um limite na responsabilidade por violações. “Era muito importante para o subcomité impôr uma obrigação às partes de se manterem mutuamente informadas sobre a ocorrência de um incidente de segurança cibernética e para partilhar qualquer informação relevante que possa ajudar a outra parte a mitigar e resolver um incidente o mais rápido possível”, referiu Inga Frøysa, líder da equipa que redigiu a cláusula.

A cláusula também exige que as partes partilhem informações subsequentes. E, apesar do nível de segurança depender de vários factores, como a dimensão da empresa, sua localização geográfica e a natureza dos negócios, a cláusula, tendo isso em conta, estipula a segurança cibernética apropriada.