A Austrália poderá beneficiar fortemente da eventual aplicação pela China de uma taxa adicional de 25% sobre o gás natural liquefeito (GNL) importado dos Estados Unidos, que Pequim ameaçou recentemente impôr, refere o Maritime Executive. A data para a concretização da medida ficou por definir, mas estará dependente dos próximos passos da Administração Trump relativamente às taxas impostas pelos Estados Unidos sobre as importações de produtos provenientes da China.
Actualmente, a Austrália já é o principal exportador de GNL para a China e está em vias de se tornar o maior exportador mundial de gás natural em 2019, estimando-se que ultrapasse o Qatar, que ainda é o principal exportador mundial de GNL (74 milhões de toneladas em 2016). Em 2018-2019, as exportações australianas de GNL devem ascender a 77 milhões de toneladas, mais 25 do que em 2016-2017. As exportações do Qatar devem manter-se sem grandes alterações.
Para o reforço do posicionamento da Austrália no mercado global do GNL, além das taxas chinesas sobre o produto proveniente dos Estados Unidos, que tornará o produto menos competitivo no mercado chinês, contribuirá a progressiva procura chinesa por energias mais limpas, que sugere que se manterá como grande importador mundial de GNL e com fontes diversificadas do produto, e vários projectos australianos de exploração de gás natural em desenvolvimento que aguardam decisões de investimento para 2019.
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