Num gesto simbólico de afirmação de liberdade dos mares e, em particular, de liberdade de passagem inofensiva, Ashton Carter, Secretário de Estado Norte-Americano da Defesa, embarcou durante algumas horas Sexta-feira passada a bordo do Porta-Aviões John C. Stennis que se encontra em missão de patrulhamento de uma área crítica como é o Mar da China.
Uma área crítica, como se sabe, porquanto a China a reivindica, na sua quase totalidade, como área sob sua jurisdição, no que é firmemente contestada por todos os outros estados da região, como o Bruneï, as Filipinas, a Formosa, a Malásia e o Vietname.
Cmo se sabe, e tem sido noticiado no Jornal da Economia do Mar, a China tem vindo mesmo a construir e instalar múltiplas infra-estruturas, desde pistas de aterragem a sistemas de radar e de defesa em algumas das ilhas e mesmo em recifes artificiais na área, o que não tem contribuído para o apaziguamento da contestação na zona.
No entanto, alguns navios da Armada dos Estados-Unidos têm feito igualmente questão de atravessar águas próximas das mesmas áreas, numa afirmação de liberdade de navegação inofensiva, o que não tem também deixado de enfurecer Pequim que, perante a mais recente aproximação militar entre Washington e Manila, já fala mesmo em regresso à «mentalidade e atitude a reflectir os idos da guerra-fria».
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