Esta é uma conclusão de uma investigação referida na revista Science, que incidiu sobre áreas marinhas protegidas europeias e em espécies consideradas sensíveis, como a raia e os tubarões
Expedição Five Deeps

Uma investigação desenvolvida em 727 Áreas Marinhas Protegidas (AMP) definidas pela União Europeia (UE) concluiu que em tais áreas ocorre uma elevada intensidade de pesca do arrasto, considerada uma das mais prejudiciais para a sustentabilidade das espécies, conforme se refere num artigo recentemente publicado na revista Science.

Numa nota sobre a investigação, que incidiu sobre duas espécies consideradas sensíveis – raias e tubarões -, a revista refere que em 59% das AMPs analisadas verifica-se pesca de arrasto industrial para fins comerciais e com uma intensidade 1,4 vezes superior à que se verifica em áreas marinhas não protegidas.

Na mesma nota refere-se que “a abundância de espécies sensíveis (tubarões, raias e mantas) diminuiu 69% em zonas nas quais se pratica intensamente a pesca do arrasto; a disseminação da exploração industrial das AMPs ameaça os objectivos globais de conservação da biodiversidade global, aumentando a preocupações recentes relativas à pressão humana sobre as áreas marinhas protegidas em todo o mundo”.

Ali se refere também que as AMPs cobrem actualmente 29% das águas territoriais da Europa, mas em relação às quais se desconhece o impacto que aí tem a pesca do arrasto, quer sobre a pesca, quer no plano meramente ambiental, até porque as áreas marinhas protegidas são um dos principais instrumentos para a preservação da biodiversidade.

 



Um comentário em “Pesca do arrasto afecta áreas marinhas protegidas”

  1. Charroco diz:

    A primeira AMP criada em Portugal (parque marinho professor Luís Saldanha, 1998) tem dois guardas, uma embarcação de fiscalização e vigilância, adquirida no ano da criançao do parque q está constantemente em reparação (quando há verba). Entretanto a nossa Ministra comprometeu se há um ano e meio junto à UE em criar mais AMPs em Pt. Pelo caminho aprova se um projeto de requalificação do Porto de Setúbal q ira durante 6 meses realizar as maiores dragagens alguma vez realizadas em águas europeias, ignorando todos os impactos ambientais a bem das vantagens econômicas que não são bem conhecidas tal como tb não são conhecidos os beneficiados com esta escolha. Daqui a 6 anos vende se o Porto aos chineses e toda aquela área paradisíaca transforma se no exterco q é habitual Qd algo cai em mãos chinesas. Enfim…isto está lindo!!! Não se passa nada

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