Universidade de Plymouth

A Associação Natureza Portugal (ANP), em associação com a World Wide Fund (WWF, a maior organização mundial de defesa da natureza), lançou ontem a campanha «No Plastics in Nature – Zero Plásticos na Natureza», que contempla um apelo aos líderes mundiais a favor da assinatura de “um acordo global legalmente vinculativo para travar a fuga de plásticos para os oceanos até 2030”, refere a associação em comunicado.

O arranque da campanha fica assinalado pelo lançamento de uma petição online, precisamente um mês antes da assembleia das Nações Unidas para o Ambiente, e com a qual se “pretende mostrar pela força dos números que a problemática do plástico preocupa a maioria da população mundial”, refere a associação. A próxima acção será o lançamento do relatório sobre o tema, no dia 4 de Março.

A associação lembra que “anualmente, 8 milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos, sendo que 80% destes têm a sua origem em terra e são arrastados por rios e canais” e sublinha que “segundo o relatório da WWF «Sair da Armadilha Plástica», lançado em Junho passado, o plástico representa 95% dos resíduos que flutuam no Mediterrâneo e que dão à costa nas praias”.

A ANP refere também que “em Portugal, as zonas de Lisboa e Costa Vicentina apresentam elevadas densidades de microplásticos” e nota que “20% dos peixes de consumo quotidiano revelam microplásticos nos seus estômagos, e que 80% das Tartarugas-Marinhas-Comuns (Caretta caretta), cujos juvenis gostam de se alimentar na zona dos Açores, comem lixo, na sua maioria plástico”.

Na opinião de Ângela Morgado, Directora Executiva da ANP|WWF, “estes números são preocupantes mas mais assustador é o impacto que o plástico e os microplásticos têm na saúde humana”, acrescentando que é por isso que é feito o apelo “a todos para que enviem uma mensagem clara aos líderes políticos: devem travar a poluição por plástico agora”.



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