A ideia é a de ampliar o consumo de conservas de peixe, criando um novo canal de distribuição. Para tal foi concebida uma máquina de venda automática, a ser colocada nas instalações de médias e grandes empresas (com mais de 300 colaboradores). A ideia é potenciar a noção de conveniência, alimentação saudável e preço acessível.
O esquema é simples e funcional. Tal como outras máquinas de venda automática, basta escolher o produto (do tradicional atum e sardinha a outras variedades como o bacalhau, a cavala, lulas recheadas, mexilhão e enguias) das 18 conserveiras nacionais, inserir o montante e “voilá”. A máquina também disponibiliza tostas (através da parceria com o Pão do Rogil), assim como talheres, recicláveis, claro. Deste modo esta passa a ser uma alternativa a quem necessita de fazer uma refeição.
Esta é uma clara aposta no mercado corporate. A máquina não só é colocada, gratuitamente, nas instalações das empresas, como é totalmente “brandável”. Ou seja, a sua apresentação pode ser personalizada de forma a ajustar-se à imagem da organização em cujas instalações se irá localizar, passando a ser considerada como mais um suporte de comunicação e publicidade.
A reposição dos produtos é assegurada pela Loja das Conservas, sendo que a oferta será ajustada às necessidades e solicitações dos consumidores.
A grande vantagem da nova oferta da Loja das Conservas não assenta apenas na conveniência. Há também que contar com o preço. Acessível. Feitas as contas é possível fazer uma refeição (seja almoço ou lanche) sem gastar muito. Isto porque os preços variam entre um euro (para os patés) e os três euros.
Sobre o projecto, José Apolinário, secretário de Estado das Pescas, afirmou que “todas as medidas que aproximem o consumidor dos nossos produtos, seja da pesca artesanal, seja de produtos processados, são de aplaudir. No caso concreto, é de ressalvar uma iniciativa que conjuga tecnologia, modernidade, com a captação de novos consumidores para um produto tradicional português.
Levar as conservas portuguesas a um público mais jovem é uma aposta de futuro”.
Inovação porque esta é a primeira máquina de venda automática dedicada ao negócio das conservas de peixe, a nível mundial. Um projecto criado pela Loja das Conservas com o apoio da ANICP – Associação Nacional da Indústria de Conservas de Peixe, que reúne 18 conserveiras nacionais, e que surge dois anos após a inauguração da loja, na Rua do Arsenal, 130, em Lisboa. Um passo na massificação das conservas e que vem no seguimento dos corners, já disponíveis em cidades como Paris, Varsóvia e Viena de Áustria.
De referir que a indústria portuguesa das conservas de peixe dá emprego a mais de 3500 pessoas e que conta com mais de 160 anos de história. Além disso existem, no mercado nacional, 21 fábricas que exportam entre 60 a 95% da sua produção. Ou seja, o sector contribui para o bom estado da balança comercial portuguesa.
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