O Arsenal do Alfeite vai construir, por encomenda do Ministério da Defesa, quatro novas embarcações salva-vidas da Classe Vigilante num contracto que deverá ascender entre 1,4, a 1,5 milhões de euros.

O contracto assinado com o Arsenal do Alfeite para a construção de quatro novas embarcações salva-vidas da Classe Vigilante, com um valor total entre 1,4 a 1,5 milhões de euros, deverá começar a ser executado a partir de Janeiro de 2017, prevendo-se a primeira entrega para o final do ano.

As novas embarcações da Classe Vigilante, baseadas no projecto inicial, irão sofrer no entanto algumas alterações como, por exemplo, um aumento do seu comprimento de 14,5 m para 15 mm de forma a acomodarem a instalação de uma nova plataforma para transporte de uma Mota de Água, bem como outras modificações menores, como novas rebatíveis de forma poderem transformar-se rapidamente em macas, ou novas escadas em substituição das tradicionais escadas quebra-costas, razão também porque a primeira entrega está prevista apenas para o final do ano, passados cerca de 12 meses, dados os ajustes que a concepção inicial do projecto terá consequentemente de sofrer também.

Construídos originalmente em alumínio, neste momento equaciona-se igualmente possibilidade de as novas embarcações virem a ser realizadas em material compósito mas, por enquanto e tanto quanto se saiba, nada está ainda definitivamente decidido.

Para a Presidente do Conselho de Administração do Arsenal do Alfeite, esta encomenda é particularmente significativa porquanto representa, de facto, a primeira encomenda de construção desde a passagem do Arsenal a Sociedade Anónima, dando assim também novo ímpeto ao processo de transformação dos estaleiros que está a ser levado a cabo, recolocando-os num patamar de capacidade de realização mais adequado ao seu grande historial de modo a permitir preservar também toda a sua experiência, conhecimento e capacidade de realização.

Os salva-vidas da Classe Vigilante foram também originalmente concebidos e construídos no Arsenal do Alfeite, encontrando-se operacionais desde 2009 e demonstrando, desde então, capacidades de acção excepcionais em ermos mundiais, face às especificidades e exigência de requisitos de sobrevivência, manobrabilidade, controlabilidade, auto-endireitamento (voltar à posição “direita” após terem sido viradas), bem como em termos de capacidade de suster e operar em estados de mar extremos, revelando-se mesmo quase inafundáveis.



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