Exercício dedicado aos veículos não tripulados conta com a presença da Marinha portuguesa
Recognized Environmental Picture Atlantic Exercise

Até 23 de Setembro, decorre em Sesimbra e Peniche a 9ª edição do Recognized Environmental Picture Atlantic Exercise (REP), um dos maiores exercícios de experimentação de Veículos Não Tripulados da Europa, organizado conjuntamente pela Marinha Portuguesa, o Laboratório de Sistemas e Tecnologia Subaquática (LSTS) da Universidade do Porto e o Centre for Maritime Research and Experimentation da NATO.

Num total de duas semanas de exercícios, os veículos autónomos são testados “em mar aberto, com vista a avaliar a capacidade operacional em redes multi-veículo, tanto de natureza homogénea, como heterogénea (com tipologias distintas de veículos)” em experiências “realizadas de acordo com planos de missão específicos, atendendo a cenários operacionais particulares”, explica a Marinha.

A Marinha Portuguesa, aliás, participa no REP “através do submarino Arpão, do navio hidrográfico Almirante Gago Coutinho, do navio hidrográfico Auriga, da lancha de fiscalização Escorpião, da lancha de fiscalização Pégaso e com um Destacamento de Mergulhadores vocacionado para a guerra de minas”, refere a instituição.

Esclarece ainda a Marinha que nesta edição “Autoridade Marítima Nacional, Polícia Marítima, Força Aérea Portuguesa, Centro Naval de Guerra Submarina (EUA), Laboratório de Investigação Aplicada da Universidade do Havai (EUA), OceanScan – Sistemas e Tecnologias Marítimos Lda (Portugal), NATO Naval Mine Warfare Centre of Excellence (NMW COE), Marinha Polaca, Oceanserver, INESC-TEC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, Tekever e Uavision, também participarão no exercício como intervenientes convidados, contribuindo com recursos e pessoal”. “Como observadores participam a Marinha Turca, a Guarda Costeira do Canadá e o Maritime Analysis and Operation Centre (Narcotics) MAOC (N)”, acrescenta a Marinha.

Segundo se esclarece, as operações incluem Veículos de Superfície Autónomos (ASVs), Veículos Submarinos Autónomos (AUVs) e Veículos Aéreos Não Tripulados (UAVs), equipados com sensores variados e payloads acústicos, colocados em acção a partir de navios da Marinha. “A interoperabilidade no comando e controle de vários tipos de sistemas é um dos principais objectivos que, entre outras coisas, inclui a demonstração da cadeia de ferramentas de software LSTS”, diz a Marinha.

Igualmente importantes neste exercício são as comunicações subaquáticas, dado que o CMRE está a “testar novas técnicas adaptativas que permitem aumentar a eficiência e segurança das comunicações acústicas subaquáticas” e também, em ambiente de operação, o JANUS – o primeiro standard para comunicações subaquáticas, usado para “fazer chegar dados operacionais a um submarino em navegação”, diz a Marinha.

 

NOTA: Foto retirada do portal oficial da Marinha



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