O deficit comercial europeu da sardinha foi já de 100 milhões de euros em 2014 e a tendência é para o seu agravamento.
Secretaria de Estado das Pescas

No mais recente relatório do Observatório Europeu do Mercados da Pesca e Aquacultura, os números são claros: o deficit comercial europeu da sardinha foi já de 100 milhões de euros em 2014 e a tendência é para o seu agravamento.

No relatório, reconhecendo que a pesca de sardinha se alterou significativamente ao longo dos últimos 10 anos, Portugal surge como o caso mais grave de diminuição de capturas, na casa dos 79%, seguindo-se Espanha, com uma diminuição de 30%, França com menos 19% e a Grécia com menos 9%, havendo no entanto os casos positivos da Croácia, com uma subida de 241% e de Itália com 116%.

Em termos globais, de acordo com os números de 2014, a Europa pescou 250 000 toneladas de sardinha em 2014 quando em 204 esses valores rondavam as 276 000 toneladas, tendo entretanto havido igualmente uma profunda transformação na hierarquia dos principais pescadores de sardinha, com a Croácia e os Países-Baixos a assumirem a primazia, seguindo-se Espanha, França, Itália e só depois Portugal.

Em termos mundiais, Marrocos continua a ser a nação com maiores volumes de desembarque de sardinha, com 851 000 toneladas anuais, sendo também o principal fornecedor da União Europeia em sardinhas congeladas e em conserva.

Para a sardinha fresca, não há porém alternativa à pesca local e dados os volumes decrescentes de captura, a EUMOFA entende também que o preço na primeira venda deveria aumentar consequentemente.

 



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill