Não raras vezes, a Marítimo-Turística é apresentada como uma área-chave do desenvolvimento da economia nacional do mar. Todavia, sabemos que vale em França cerca de 5 000 milhões por ano e em Portugal talvez algo na casa dos 500 milhões. Se é exactamente assim, é difícil de dizer porquanto continua a faltar-nos a Conta Satélite para o dizer, bem como incerto ainda é o número de embarcações de cruzeiro que passarão ao largo das nossas costas sem por aqui pararem. Contas, uma vez mais, algo ambíguas. Uns falam em dez mil, outros em quinze mil, vá-se lá saber, mas, seja como for, uma certeza há: por aqui não param
De qualquer modo, pouco a pouco, alguns sinais há de progresso, quanto mais não seja, na procura de conhecimento e de caracterização da nossa situação ou da situação da\ Marítimo-Turística em Portugal, como sucede com o Estudo do Portugal Náutico. No entanto, há muitas questões que permanecem:
– Consideramos mesmo a Marítimo-Turística importante para Portugal?
– Se consideramos importante em que aspectos é que é realmente importante?
– E se é tão importante como se afirma, porque se afigura afinal tão pouco importante?
– O que há a fazer?
– O que falta fazer?
– Porque não se faz?
– Afinal, quais os verdadeiros constrangimentos ao seu desenvolvimento?
Afiguram-se questões legítimas, no mínimo. O que não se afigura fazer sentido é andarmos sempre a falar do mesmo como se tivéssemos falado vezes sem conta o mesmo.
Também por isso, a Disputatio a realizar no próximo dia 7 de Abril na Nauticampo: para que uma vez falado o houver a falar, reduzindo a escrito o que houver a reduzir a escrito, dando-lhe o peso que a palavra escrita, apesar de tudo, sempre encerra, não voltarmos a falar em 2017 da importância da Marítimo-Turística em Portugal como se esquecido fora já tudo quanto falado em 2016.
Contamos consigo porque a Disputatio não é apenas para os iluminados mas para todos, para que uma mais largada e verdadeira Disputatio seja, ou seja, como sempre, como em todos as organizações similares do Jornal da Economia do Mar, após uma fase introdutória de diálogo com os oradores convidados, importa que o mesmo diálogo se estenda a toda a audiência porque nunca se sabe de onde o ignoto Espírito decide realmente soprar. Por isso mesmo, a decisiva importância da presença do todos em geral e de cada um em particular.
Entrada livre mas sujeita a inscrição: geral@jornaldaeconomiadomar.com
Um comentário em “Que Maritimo-Turística Queremos”
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Bom dia. Obrigado por me manterem na vossa mailing list.
Não sei se já o fizeram mas, caso não o tenham feito, poderão querer considerar convidar o IH a estar presente na Disputatio, apresentando os produtos que temos desenvolvido para a náutica de recreio, os quais me parecem poder aplicar-se também à marítimo-turística. A melhoria desses produtos (que podem ser vistos em http://www.hidrografico.pt/qual-e-a-tua-onda.php) é algo em que poderemos sempre trabalhar.