Num inquérito sobre conservação marinha aos cabeças de lista nacionais às eleições para o Parlamento Europeu, a PONG-Pesca concluiu que a maioria dos candidatos tem preocupações ambientais consistentes com as das organizações de defesa dos mares
MAR MOTTO

“De uma forma geral, os próximos representantes portugueses no Parlamento Europeu (PE) terão a conservação dos oceanos como uma prioridade”, concluiu a Plataforma de Organizações Portuguesas Sobre a Pesca (PONG-Pesca), na sequência de um inquérito realizado a todas candidaturas portuguesas àquela instituição.

“De um modo geral, os partidos responderam de forma positiva, assumindo posições consistentes com a visão das organizações de conservação portuguesas para oceanos saudáveis e resilientes”, refere a PONG-Pesca. “A maioria dos inquiridos demonstra interesse em cumprir a legislação ambiental mais progressista ou em apoiar o desenvolvimento de novas peças legislativas “mais amigas do Ambiente”, afirmou a organização.

“A excepção mais clara foi a possível realização de mineração em mar profundo, actividade para a qual as associações ambientalistas europeias defendem uma moratória de vários anos, em linha com uma resolução do PE que agora cessa funções”, refere a plataforma.

Segundo a plataforma, o inquérito pretendeu antecipar as próximas eleições europeias para dar a conhecer o posicionamento dos candidatos sobre conservação dos oceanos. “As perguntas abrangeram várias áreas da conservação marinha: as pescas, o ordenamento do espaço marítimo, as áreas marinhas protegidas (AMP), o lixo marinho, a extracção de recursos não vivos e o transporte marítimo”, referiu a organização.

De acordo com o «mapa» das respostas, verifica-se que nem todas as candidaturas responderam ao inquérito. Não responderam o Aliança, a coligação Basta!, o PPD/PSD, a Iniciativa Liberal, o MAS, o PCTP/MRPP e o PNR.



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