O impacto da caça comercial de baleias ao longo do último século tem sido fatal para a espécie. Mas há soluções para a sua sobrevivência: um estudo recente da CSIRO, Agência Nacional de Ciência da Austrália, e da Universidade de Queensland, conclui que a abundância de krill (minúsculas criaturas semelhantes a camarões que se alimentam, principalmente, de fitoplâncton e que são a base alimentar de inúmeras espécies marinhas) pode influenciar a presença de futuras populações de baleias no Hemisfério Sul, como a baleia azul, a baleia-franca-austral ou a baleia comum.
Os resultados, que destacam a importância das populações de krill para auxiliar na recuperação das populações de baleias, foram pioneiros na ligação das alterações climáticas à abundância de krill, explicou a investigadora que liderou o estudo, Viv Tulloch. “O krill é a principal fonte de alimento das baleias, por isso associamos possíveis mudanças nos níveis de krill nos oceanos do sul, com base em previsões das emissões de carbono para as populações de baleias nessas áreas”, referiu Viv Tulloch.
“O impacto nas espécies de baleias pode diferir dependendo da região e de onde eles se alimentam. As populações de baleias no Oceano Pacífico, especialmente a baleia azul, baleia-franca-austral e baleia comum, necessitam de menos krill para se alimentar do que as encontradas no Atlântico”, conclui.
Note-se que o Modelo de Complexidade Intermediária para Avaliação de Ecossistemas da CSIRO, conhecido como MICE (sigla em inglês), usado para prever este tipo de cenários, serve-se de dados de temperatura oceânica, produtividade e gelo marinho, e tem em consideração as baixas taxas de crescimento populacional das baleias, a conexão entre a história de vida, a temperatura da água e a dependência de presas.
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