No discurso de apresentação do Painel de Alto Nível para uma Economia do Mar Sustentável (a que já os referimos ontem), uma das presidentes da instituição, a Primeira-Ministra da Noruega, Erna Solberg, que partilha o cargo com o Presidente da República de Palau, Thomas Esang Remengesau, Jr., considerou que “como única organização política marítima composta por líderes mundiais em exercício”, o painel tem a autoridade e a determinação necessárias para desencadear e acelerar a tomada de medidas para a protecção e produção oceânicas”.
Ema Solberg disse ainda que o painel tem “de encontrar soluções colectivas para o desenvolvimento e implementação de regulamentação alargada e eficaz, bem como para um regime de gestão integrada dos oceanos”, o que constituirá “verdadeiro teste” à sua “capacidade de legar um planeta e mares mais saudáveis à próxima geração”.
Além de António Costa, que esteve representado no lançamento do painel pela ministra do Mar, a nova entidade é composta pelos líderes da Austrália, do Chile, das Ilhas Fiji, do Gana, da Indonésia, da Jamaica, do Japão, do México, da Namíbia, da Noruega e da República de Palau, bem como pelo Representante Especial para os Oceanos do Secretário-Geral da Nações Unidas, Peter Thomson.
E terá um Secretariado, gerido pelo Instituto Mundial de Recursos (World Resources Institute, ou WRI), que irá coadjuvar as suas actividades, incluindo na investigação, no envolvimento de partes interessadas e na comunicação. O WRI “é uma organização mundial de investigação que abrange mais de 50 países e que tem delegações em África, no Brasil, na China, na Europa, na Índia, na Indonésia, no México, nos Estados Unidos da América e noutros locais”, com peritos e funcionários que trabalham em colaboração com líderes de todo o mundo para concretizar ideias “em prol do ambiente, do desenvolvimento económico e do bem-estar”, conforme informação prestada à imprensa.
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