A ENI, companhia petrolífera italiana com interesses em Portugal, obteve licença de exploração offshore para a produção de gás no Gana, na África ocidental, e há dias deu início à produção no campo de Sankofa, sob o projecto integrado Offshore Cape Three Points (OCTP).
Este é o único projecto de gás em águas profundas não associado da África sub-saariana totalmente destinado ao consumo interno, que garantirá ao Gana fornecimentos de gás estáveis (180 milhões de pés cúbicos standard por dia durante 15 anos).
O projecto, desenvolvido também com o apoio do Banco Mundial, pode ajudar o Gana a mudar o seu paradigma energético, trocando a energia movida a petróleo para uma fonte de energia mais limpa, contribuindo para o seu desenvolvimento tanto económico e sustentável. E será suficiente para converter em gás, metade da energia do Gana.
Este parque será iniciado a partir de dois dos quatro poços submarinos de águas profundas ligados ao navio flutuante de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO), John Agyekum Kufuor. Sendo que se espera que a produção de petróleo e gás da OCTP atinja os 85 mil barris por dia.
“O OCTP alia criação de valor com sustentabilidade social e ambiental. O gás do OCTP irá contribuir para a estabilidade do Gana em termos de energia, que é um pré-requisito para o crescimento industrial e económico do país, e ao mesmo tempo auxilia nas questões de sustentabilidade”, referiu o CEO da ENI, Claudio Descalzi.
- Mineração: importa saber o que temos e o modelo de concessões que queremos
- Nord Stream 2, energia e os dramas estratégicos da Europa
- O futuro da mineração em mar profundo
- Do Potencial das Energias Oceânicas em Portugal
- Projecto SE@PORTS apresentado amanhã em Leixões
- Impacto da mineração em mar profundo pode prolongar-se por décadas
- Agência de inovação britânica financia projecto de sistema autónomo para eólicas offshore
- Governo holandês apoia pesquisa sobre uso do metanol nos navios