Os biocombustíveis podem constituir uma alternativa para o transporte marítimo, favorecendo as zero emissões a baixo custo, refere um estudo da Sustainable Shipping Initiative.
Marítimos

O biocombustível avançado poderá representar a alternativa mais limpa (zero emissões de gases de efeito de estufa) e com retornos financeiros mais altos, num panorama de exigência global para manter os custos baixos na indústria do transporte marítimo. Este é o resultado de um estudo da Sustainable Shipping Initiative (SSI), organização composta por vários interessados no transporte marítimo (operadores, fornecedores de equipamento, associações ambientalistas, entre outros), que está a examinar as opções e custos de combustível para a frota oceânica.

Usado através da combustão interna, o que significa que os custos associados são mantidos a um mínimo de custos do combustível em si, esta solução, pese embora possa ser a mais limpa, tem alguns desafios no que respeita a escala de produção e à sua sustentabilidade, segundo comunicado oficial.

O estudo, direccionado para viagens de longo curso, nomeadamente de porta-contentores, graneleiros e navios tanque, considera que para atingir a meta proposta pela Organização Marítima Internacional (IMO, sigla em inglês) de reduzir 50% das emissões até 2050, é necessário mais do que tecnologia. “A tecnologia está connosco hoje, mas o investimento é necessário, tanto para usufruir da tecnologia como para encorajar uma maior receptividade, referiu Stephanie Draper, Co-director da SSI.

O relatório examina também a energia eléctrica e células de combustível de hidrogénio (células de combustível que convertem o hidrogénio em electricidade). Como consequência deste estudo, a SSI estará envolvida nestas questões a partir de agora. “Os biocombustíveis representam um trampolim para a redução das emissões”, referiu Tom Holmer, Gestor Geral da SSI. “Os combustíveis marítimos alternativos oferecem uma enorme oportunidade para criar valor e encontrar soluções sustentáveis. A SSI continuará a olhar para toda a cadeia de valor e este relatório destaca que nos próximos dez anos assistir-se-á a grandes mudanças na forma como os navios são abastecidos”, conclui.



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