Nos últimos 12 meses, foram relatados 60 casos envolvendo 220 passageiros clandestinos, cuja resolução (processos de repatriamento e escolta de acompanhamento, essencialmente) custou mais de 1,6 milhões de dólares (1,35 milhões de euros), segundo refere a seguradora marítima West of England P&I. Numa análise a este fenómeno, a seguradora concluiu também que nos últimos anos, os clandestinos provenientes de portos europeus aumentaram significativamente.
No caso dos passageiros clandestinos provenientes dos portos europeus, a seguradora verificou que as ocorrências envolveram sempre ferries ro-ro (que transportam automóveis e outros veículos), que os principais esconderijos são os veículos atrelados e que quando os portos de origem são no norte da Europa, o destino é normalmente o Reino Unido.
Segundo dados da West of England P&I relativos ao período em análise, foi nos portos europeus que se registou o maior número de clandestinos embarcados (118), com destaque para o porto de Gent, na Bélgica (55), seguido do de Roterdão, na Holanda (28) e dos de Istambul, na Turquia (12), e Cuxhaven, na Alemanha (12). Bremerhaven (Alemanha), Esbjerg (Dinamarca) e Vigo (Espanha) também foram portos de partida para clandestinos, segundo a seguradora.
Nos portos africanos embarcaram 95 clandestinos, principalmente em Lagos, na Nigéria (48) e Douala, nos Camarões (12), além de portos da África do Sul (3), Marrocos (9), Argélia (3), Senegal (4), Serra Leoa (1), Costa do Marfim (1), Quénia (5) e Congo (2). E nos portos americanos, terão embarcado 7 clandestinos, principalmente de Rio Haina, na República Dominicana (3).
Já relativamente ao número de incidentes de embarque de clandestinos, a maioria registou-se nos portos africanos (52), com destaque para Lagos (7), Douala (3) e Durban, na África do Sul (3). Na Europa, onde se registaram 24 ocorrências, o maior número verificou-se em Gent (8), seguido de Cuxhaven (5) e Esbjerg (4). E na América, a seguradora relata casos em Trindade e Tobago, República Dominicana e Equador.
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