Dois programas distintos: um para drones destinados à vigilância das deslocações de migrantes no Mediterrâneo, e outro para utilização múltipla no espaço da UE. O primeiro tem um orçamento de 67 milhões de euros e o segundo tem um orçamento de 10 milhões de euros

O Director Executivo da Agência Europeia de Segurança Marítima (European Maritime Safety Agency, ou EMSA), Markku Mylly, adiantou ontem ao nosso jornal que, até ao final do ano, espera ter operacional e ao serviço da agência um veículo aéreo não tripulado, vulgarmente conhecido por drone, destinado à vigilância do movimento de migrantes no Mediterrâneo.

Markku Mylly falava-nos à margem da sessão de encerramento da 3ª Conferência Anual da Rede Mar, organizada pela Universidade de Lisboa, e acrescentou que a EMSA ainda está em negociações sobre essa matéria. Neste momento, não pode assegurar mais do que um desses veículos, mas esclareceu que a EMSA dispõe de um orçamento de 67 milhões de euros para um programa relacionado com esses aparelhos.

O mesmo responsável adiantou-nos que a EMSA tem outro programa relacionado com drones, para o qual dispõe de 10 milhões de euros, a aplicar nos próximos quatro anos. São aparelhos menores e menos dispendiosos do que os anteriores, e estão neste momento em testes em Huelva, em Espanha. São seis drones e seis tipos diferentes de aparelhos.

De acordo com o Director Executivo da EMSA, estas aeronaves não tripuladas serão para utilização múltipla, em toda a área da União Europeia, do Báltico ao Mediterrâneo. Em teste estão situações de monitorização ambiental, monitorização de emissões, detecção de navios, controlo de pescas, busca e salvamento e transferência de dados dos sensores para os servidores da agência.



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