No princípio de Fevereiro, as encomendas de petroleiros para transporte de produtos químicos derivados do petróleo (gasolina parafina, querosene) com 10 mil e mais toneladas de peso morto (deadweight tonnage, ou dwt) situavam-se nas 321 unidades, equivalentes a 16 milhões de dwt (10,2% da capacidade total do segmento), o valor mais baixo para este segmento de navios desde 2001, segundo a Clarkson Research.
De acordo com o World Maritime News, as tendências relativas às encomendas variam segundo a dimensão dos navios, mas no caso deste segmento, a tendência verificada deverá provocar um abrandamento no seu crescimento ao longo dos próximos anos. O investimento feito nestes navios entre 2013 e 2015 conduziu a um crescimento de 6% em 2015 e 2016. Com a queda nas encomendas em 2017, que deverá atingir as 7,7 milhões de toneladas de peso morto, o crescimento desta frota não deverá ultrapassar os 4%.
No entanto, refere o jornal apoiado em dados da Clarkson Research, algumas categorias deste segmento deverão crescer mais depressa do que outras. Os navios entre 80 mil e 160 toneladas de peso morto (LR2) deverão crescer acima dos 8%. Com base nos navios já encomendados, em 2018 deverão ser entregues petroleiros para transporte de químicos derivados de petróleo estimados num total de 5 milhões de toneladas de peso morto, o que corresponderá a um crescimento de apenas 2%.
Recorde-se que recentemente, a Teekay Tankers, que opera no mercado dos petroleiros, admitia que 2017 seria um ano difícil para os operadores destes navios, reflexo de cortes na produção petrolífera e do excesso de capacidade de navegação instalada, mas sugeria que o período de adversidade seria relativamente curto.
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