Um total de 126 empresas chinesas relacionadas com transformação do pescado, aquacultura, portos, marinha mercante, energias renováveis oceânicas, logística marítimo-portuária, construção portuária, tecnologia e engenharia oceânica (robótica e construção de plataformas flutuantes) e construção naval participaram nas conferências e reuniões b2b em Pequim e Xangai que decorreram durante a recente visita de uma comitiva empresarial portuguesa à China, chefiada pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, refere o Governo.
Segundo o Governo, entre os acordos realizados no âmbito desta visita, constam um protocolo de cooperação empresarial assinado entre o a Administração Portuária de Sines e a empresa chinesa Logink, no sector da digitalização da logística portuária, e um plano de acção subscrito e o Ministério do Mar e a State Oceanic Administration (o seu equivalente chinês) “com medidas concretas de cooperação científica, ambiental e empresarial no desenvolvimento sustentável do oceano entre Portugal e a China”.
Durante a visita, que incluiu a deslocação de representantes de 40 empresas e entidades portuguesas, tiveram igualmente lugar conferências, como a «Blue Partnership Portugal-China and the XXI Maritime Silk Road», que decorreu em Xangai, no dia 1 de Novembro, e em Pequim, no dia seguinte, em ambos os casos com a presença de Ana Paula Vitorino, e durante as quais foram apresentados os designados “casos de sucesso de investimento” da China Three Gorges e da Fosum, duas empresas chinesas com investimentos em Portugal.
No dia 3 de Novembro, em Xiamen, a ministra do Mar interviu na sessão de abertura da 12ª edição da World Ocean Week, um importante encontro internacional sobre governação e economia do mar da região Ásia-Pacífico. A visita envolveu ainda múltiplos encontros da ministra do Mar com responsáveis chineses, designadamente, com o titular da State Oceanic Administration e com administradores de grandes grupos chineses “como a Fosun, o Shangai International Port Group (o operador do maior porto do mundo), a China Comunications Construction Company (a maior empresa de construção do mundo) e o China Development Bank, onde foi sempre expresso por todas as partes o valor geoestratégico de Portugal como hub atlântico da Nova Rota da Seda Marítima”, refere o Ministério do Mar.
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