Um estudo realizado pela The Mission to Seafarers conclui que a felicidade dos marinheiros está avaliada em 6,25 no total de 10.
VLCC

A satisfação dos marítimos com a sua actividade foi avaliada pela organização de apoio a estes profissionais The Mission to Seafarers, que relançou o seu estudo Seafarer Happiness Index (SHI), que procura apurar a opinião dos profissionais do mar sobre as suas condições de trabalho.

O índice de satisfação dos marítimos mediu a sua opinião durante o último trimestre de 2017 e foi de 6,25 em 10, o que representou uma pequena descida em comparação com 2015 e 2016, quando o resultado foi de 6,46 e 6,41, respectivamente. A maior parte dos marinheiros queixa-se de ser tratada como “escrava” e “gado”, lamentando a falta de provisões adequadas em alguns portos, a falta de conectividade a bordo e a estagnação dos salários.

O estudo, lançado com o objectivo de preencher a lacuna da falta de conhecimento sobre a vida dos marítimos e sobre as suas condições de trabalho, servindo também o propósito de aumentar o desempenho a bordo e evitar possíveis acidentes, concluiu que a sua insatisfação está relacionada com a forma como são tratados a bordo e com o nível de pressão de que são alvo.

O diagnóstico realizado, em que 40% dos inquiridos pertenciam a uma faixa etária entre os 25 anos e os 35 anos e em que quase 95% dos entrevistados eram de sexo masculino, reflecte o género dominante da indústria. O maior grupo de inquiridos era do Sudeste Asiático, seguido do subcontinente Indiano e da Europa Ocidental. O maior nível de felicidade, ainda assim, é acentuado nos trabalhadores de porta-contentores, seguindo-se os trabalhadores de graneleiros e os de navios tanque.

Para determinar este valor foram colocadas questões concretas relacionadas directamente com a carga de trabalho, a alimentação a bordo ou com o nível de relacionamento familiar que podiam manter.

 



Um comentário em “Marítimos queixam-se de condições precárias”

  1. Helder Costa Almeida diz:

    Pois é…será que “há homens para tudo, até para andar no mar” ?

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