Face à dependência do chicharro e da cavala, a frota de cerco da Madeira deixa de poder capturar pequenos pelágicos
Totais admissíveis de captura

O Governo Regional da Madeira determinou “a cessação definitiva da actividade da frota que captura, em exclusividade, os pequenos pelágicos com artes de cerco”, conforme se lê na Portaria nº 392/2017, de 9 de Outubro, da Secretaria Regional da Agricultura e das Pescas.

Ali se refere que “o segmento da frota de cerco (18-24 metros de comprimento fora a fora) apresentou, pelo segundo ano consecutivo, indicadores biológicos negativos” e que, sendo “constituído por três embarcações que se dedicam à pesca dos pequenos pelágicos, apresenta forte dependência das capturas de duas espécies, o chicharro (Trachurus picturatus) e a cavala (Scomber colias) estas espécies representaram 99% do valor económico dos desembarques neste segmento”.

Como o “segmento está assim baseado nas capturas de duas espécies consideradas” e em “em situação de sobre pesca de crescimento”, considera-se que a frota do cerco apresenta “uma dependência económica significativa de um recurso que se encontra em dificuldades e com baixa valorização económica”, pelo que é preciso ter esse factor em conta.

Nesse sentido, e tendo em conta as regras europeias, o Governo Regional madeirense aprovou um regime de apoio à cessação da pesca de cerco para captura de pelágicos.



Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

«Foi Portugal que deu ao Mar a dimensão que tem hoje.»
António E. Cançado
«Num sentimento de febre de ser para além doutro Oceano»
Fernando Pessoa
Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto.
Vergílio Ferreira
Só a alma sabe falar com o mar
Fiama Hasse Pais Brandão
Há mar e mar, há ir e voltar ... e é exactamente no voltar que está o génio.
Paráfrase a Alexandre O’Neill