O destroyer norte-americano USS Donald Cook atravessou o Bósforo e regressou ao Mar Negro, repetindo uma viagem realizada em Janeiro, num contexto de tensão entre a Rússia e a Ucrânia, refere o Maritime Executive. Desta forma, o navio cumpre a Convenção de Montreux, que confere à Turquia o governo do Bósforo e estabelece que a presença de uma embarcação militar que não pertença a um Estado fronteiriço ao Mar Negro só pode permanecer neste mar por períodos de 21 dias, e mantém-se em estado de prontidão numa zona de tensão.
O regresso do USS Donald Cook ao Mar Negro ocorre num momento de crescente tensão russo-ucraniana, decorrente do conflito gerado em Novembro de 2018 pela apreensão de navios e prisão de tripulantes ucranianos pela Rússia no Estreito de Kerch, por alegada violação da sua soberania pelos navios de Kiev. Desde então, contra apelos internacionais, designadamente, dos Estados Unidos e seus aliados europeus, a Rússia promoveu acusações criminais contra os marinheiros ucranianos, que permanecem detidos em instalações russas.
De acordo com a agência noticiosa ucraniana UNIAN, o navio norte-americano chegará ao porto de Odessa, situado no norte da península da Crimeia, na Ucrânia, junto ao Mar Negro, no próximo dia 25 de Fevereiro, e navios da NATO chegarão ao Mar Negro nos próximos dias para participarem em exercícios militares. A este propósito, o ministro ucraniano da Defesa, Stepan Poltorak, lembrou que este ano navios da NATO têm entrado regularmente em portos da Ucrânia.
Citando esta agência, o Maritime Executive refere que de 18 a 20 deste mês, a Rússia levou a cabo um exercício militar no norte do Estreito de Kerch, coincidindo com a presença do USS Donald Cook no Mar Negro. O exercício terá ainda incluído treino em guerra electrónica no sul do Estreito de Kerch, próximo do local onde se deu o confronto com os navios ucranianos em Novembro passado.
Um comentário em “Destroyer dos Estados Unidos regressou ao Mar Negro”
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Espero que a Ucrania entre para a UE e para a NATO e que os EUA continuem a manter a Federacao Russa em respeito, bem como a NATO. Os Estados da UE que ainda nao pertencem ah NATO deviam faze-lo ( a Suica provavelmente continuara neutral). As fissuras na UE sao demasiadas para que tenha uma pokitica externa comum e muito menos uma politica de defesa comum. As guerras no mundo estao longe de acabar e Portugal nao podecdescurar a sua defesa militar com Forcas Armadas interoperaveis com as dos Estados NATO.