Dos 342 militares, 311 pertencem à Marinha e 31 à Força Aérea, contando ainda a missão com três navios da Marinha Portuguesa, a Fragata Álvares Cabral, o reabastecedor Berrio e o Patrulha Zaire, bem como uma aeronave P-3C de vigilância marítima da Força Aérea.
O exercício tem como principal objectivo promover a segurança global na região através da cooperação entre todas as forças e unidades navais dos países participantes e a partilha de informação no domínio marítimo entre os diversos centros de operações marítimas no Golfo da Guiné.
A capacitação dos países do Golfo da Guiné, em concreto na área da segurança marítima e do combate às actividades ilícitas no mar, onde se destaca o combate contra a pirataria, o narcotráfico e a delapidação abusiva dos recursos marinhos, bem como a protecção das bases de exploração petrolífera existentes na região, são outros dos grandes objectivos do exercício militar promovido pelo Comando das Forças Navais Norte-Americanas para a Europa e África e 6ª Esquadra (United States Naval Forces Europe-Africa/United States 6th Fleet).
A edição deste ano do OBANGAME EXPRESS 18, decorrerá entre a costa do Senegal e as águas de S. Tomé e Príncipe até ao próximo dia 3 de Abril, contando igualmente com a participação de Angola, Benim, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gambia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Namíbia, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Senegal, Togo, República do Congo, República Democrática do Congo e Serra leoa.
Para além dos países africanos, o OBANGAME EXPRESS 18 conta igualmente com a participação da Alemanha, Bélgica, Brasil, Canada, Dinamarca, Espanha, França, Marrocos, Holanda, Noruega, Espanha, Turquia e EUA.
Destaca-se que a bordo dos navios portugueses seguem três observadores oriundos do Brasil, Espanha e Chile, uma equipa de abordagem com 8 fuzileiros de Cabo Verde e 10 militares da Guarda-Costeira de São Tomé e Príncipe.
Relembra-se que no Golfo da Guiné situam-se 4.000 milhões de metros cúbicos de reservas de gás natural e é onde tem origem cerca de 50% da produção de petróleo do continente africano, representando 10% da produção mundial, estimando-se que desde 2013 são perdidos por dia 40.000 barris devido a actos de pirataria ou roubo.
Salienta-se também que aproximadamente 40% do volume de peixe capturado nas águas da África Ocidental são provenientes de pesca ilegal, representando uma perda anual de mais de 1,5 milhões de dólares para os Estados da região.
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