No discurso de tomada de posse, o presidente da ASPFA critica algumas entidades, que não identifica, de inércia e falta de diálogo, assumindo o compromisso de lutar por algumas causas que preocupam os faroleiros, como a questão dos emolumentos e da carga horária
Autoridade Marítima Nacional

No passado dia 30 de Junho, realizaram-se as primeiras eleições para a Associação Sócio-Profissional dos Faroleiros (ASPFA) e tomaram posse os respectivos órgãos sociais. De acordo com comunicado da associação, presidida por Jorge Estêvão, as eleições, às quais concorreu apenas uma lista, “contaram com bastante aderência por parte dos sócios”.

No discurso de tomada de posse, Jorge Estêvão esclareceu que a ASPFA nasce “da constatação da inércia e inoperância por parte das entidades competentes para a solução de problemas que nos afectam e se arrastam há décadas”. Segundo afirmou, “as promessas vãs, a ineficácia, a falta de diálogo, a visível falta de rumo e a mudança de paradigma dentro do QPMM, forçaram-nos a tomar esta decisão”.

No comunicado, o presidente da ASPFA revela o propósito de “afirmar a profissão de faroleiro”, acrescentando a intenção da associação de “contribuir positivamente para a construção e dignificação da nossa profissão dentro da Autoridade Marítima Nacional, não esquecendo que o efectivo humano pertence à casa mãe, a Marinha”.

Uma das principais reivindicações da ASPFA será a justa e equitativa atribuição a todos os Faroleiros, das “verbas de compensação do pessoal”, normalmente conhecidas como emolumentos”.

Segundo Jorge Estêvão, não faz sentido bloquear a “atribuição de tais verbas a praticamente todo o efectivo, quando fazemos parte de forma integral da Autoridade Marítima e quando também contribuímos de forma efectiva para essas mesmas verbas, com o nosso trabalho nos faróis e assinalamentos sob protocolo com entidades externas, aonde se verifica um crescendo da carga horária, ao mesmo tempo que há uma redução do efectivo ao longo de todos os faróis do continente e ilhas”.

A ASPFA irá ainda “propôr e recomendar às entidades competentes a colocação de um Faroleiro na Repartição Civil e de Militarizados”, procurar alterar a carga horária dos faroleiros, sugerir a criação de um Dia do Faroleiro e “promover acções culturais e lúdicas entre os Faroleiros dos diversos pontos do país e ilhas”, contribuindo para o estreitamento dos laços entre faroleiros e “associações de profissionais da mesma área de outros pontos do mundo”.

 



Um comentário em “Associação profissional dos faroleiros elegeu órgãos sociais”

  1. Avelino Freitas diz:

    Sem duvida alguma, que estou de acordo.

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