O comércio global de gás natural liquefeito (GNL) cresceu 10% em 2017, para 38,2 biliões de pés cúbicos por dia (Bcf/d), face a 2016, de acordo com um relatório da Associação Internacional dos Importadores de GNL (AIIGNL). Este aumento foi o maior crescimento anual registado até hoje no comércio global de GNL, num universo de 19 países exportadores e 40 países importadores, segundo o documento, citado pelo Maritime Executive.
Para este aumento, terá contribuído o aumento das exportações de países como a Nigéria, Malásia, Argélia, Rússia e Brunei, que em conjunto juntaram 1,4 Bcf/d às exportações (mais do que compensando a quebra de 0,6 Bcf/d nas exportações combinadas do Qatar, Indonésia, Noruega, Perú, Trindade e Tobago e Emirados Árabes Unidos), bem como o regresso à actividade do projecto Angola LNG e o aumento combinado de 3,4 Bcf/d da capacidade de liquefacção na Austrália, Estados Unidos, refere a publicação.
De acordo com a publicação, os países asiáticos comandaram o aumento das importações de GNL, correspondendo a 74% desse aumento em 2017. O maior importador foi o Japão (11 Bcf/d) mas foi a China quem mais cresceu nas importações (1,5 Bcf/d), tornando-se o segundo maior importador mundial de GNL, ultrapassando a Coreia do Sul. As importações de GNL também aumentaram na própria Coreia do Sul, Paquistão, Taiwan e Tailândia.
Na Europa também ocorreu um aumento de importações de GNL (1,4Bcf/d), principalmente em Espanha, Portugal, Itália, França e Turquia, ao contrário do Reino Unido, onde se registou uma diminuição de 35% (0,34 Bcf/d), muito por via da quebra na procura energética doméstica e do aumento de geração de electricidade a partir do vento, que provocaram menos procura de GNL.
Segundo o documento, na América do Sul (Brasil, Argentina, Chile e Colômbia) as importações permaneceram semelhantes às de 2016. Na América do Norte, as importações de GNL do México aumentaram 17%.
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