Desde Dezembro que a Scossa, a embarcação que faz a travessia entre o aeroporto e o centro histórico de Veneza, utiliza um sistema de propulsão amigo do ambiente concebido pela Siemens, que recorre a tecnologias já comprovadas no sector automóvel, agora “adaptadas ao ambiente naval”, refere a empresa, e que parecem estar a tornar-se uma referência no segmento das pequenas embarcações.
Segundo explica a empresa, “o barco é accionado por um motor eléctrico principal, de 180kW, que é alimentado por um banco de baterias”, as quais “fornecem energia suficiente para todo o percurso”. Na parte da travessia exterior ao centro histórico, “as baterias são recarregadas por um gerador”, permitindo poupar Veneza a algumas emissões de CO2.
Na segunda parte do circuito, a embarcação “passa de propulsão 100 por cento eléctrica para propulsão diesel-eléctrica, o que lhe permite atingir uma velocidade de 30 km/h na lagoa aberta, sendo a potência do seu motor diesel utilizada para recarregar as baterias”, refere a empresa.
A Scossa, que significa «choque eléctrico», tem capacidade para 40 pessoas, 15 metros de comprimento e 3,20 metros de largura e, segundo a empresa, está a trazer menos vibrações, poluição e ruído a Veneza. Esta solução enquadra-se na política de redução das emissões de CO2 por via marítima seguida por várias empresas, incluindo a Siemens.
De acordo com a empresa, em Portugal, “as soluções para terminais portuários instaladas pela Siemens já contribuíram, desde 2001, para diminuir as emissões de CO2 destas infra-estruturas em 74 mil toneladas e poupar cerca de 8,7 milhões de euros”, aumentando “a capacidade de movimentação de carga” e melhorando “o desempenho energético das infra-estruturas portuárias” do país.
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