No próximo dia 28 de Setembro, Viana do Castelo vai acolher uma sessão de trabalho para “promover a consulta sobre o futuro da Estratégia do Atlântico e correspondente Plano de Acção”, anunciou a Direcção-Geral de Política do Mar (DGPM), que é uma das organizadoras, juntamente com a Comissão Europeia, através da Direcção-Geral de Assuntos Marítimos e Pescas, e a Câmara Municipal de Viana do Castelo.
A sessão realiza-se no âmbito do “processo de revisão do Plano de Acção da Estratégia do Atlântico” que a Comissão Europeia (CE) promove com “os 5 países envolvidos (Espanha, Portugal, França, Reino Unido e Irlanda)”, esclarece a DGPM. Em Viana do Castelo, o enfoque temático será nas “Energias Renováveis Marinhas e Portos como Polos da Economia Azul na área do Atlântico”, refere a DGPM.
Na sessão de trabalho, o objectivo será “recolher ideias concretas para iniciativas e acções conjuntas e colaborativas nos domínios em debate” e sobre “como fomentar o envolvimento dos decisores regionais e locais na governação e implementação da Estratégia do Atlântico”, refere a DGPM.
Para o efeito, estarão presentes “especialistas nacionais e internacionais que partilharão a sua visão e experiência nos domínios em debate”: portos como polos de economia azul, lançamento de tecnologias inovadoras de energias renováveis marinhas no Atlântico, portos e marinas inteligentes para fomentar a navegação de recreio, lazer e turismo costeiro, e aumento das competências e carreiras azuis através de uma maior cooperação entre a educação e a indústria e promoção da literacia dos oceanos na área do Atlântico.
A DGPM lembra que “a Estratégia Marítima da União Europeia para a Área do Atlântico (EMUEAA) foi adotada pela CE em 2011, no contexto da Política Marítima Integrada da União Europeia e no seguimento da adopção de estratégias semelhantes para o mar Báltico, o oceano Ártico e o mar Mediterrâneo”. O seu objectivo principal é “criar emprego e um crescimento sustentáveis, explorando os desafios e oportunidades em domínios como o turismo costeiro e as pescas, as energias renováveis, a exploração dos recursos minerais presentes no fundo do mar e a biotecnologia marinha”, sublinha a mesma entidade.
Para operacionalizar esta estratégia, “foi adoptado, em Maio de 2013, o Plano de Acção da Estratégia do Atlântico, que incentiva os 5 Estados-Membros a trabalharem em conjunto, partilhando informação, custos, resultados e melhores práticas e procurando encontrar novos domínios de cooperação”, tendo como domínios prioritários a promoção do empreendedorismo e a inovação de diversas formas, a protecção, garantia e desenvolvimento do potencial do meio marinho e costeiro do Atlântico, a melhoria da acessibilidade e da conectividade e a criação de um modelo de desenvolvimento regional sustentável e socialmente inclusivo.
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