No último Domingo, Donald Trump recorreu ao Twiteer para anunciar o adiamento da imposição das tarifas suplementares de 10% a 25% sobre bens chineses importados pelos Estados Unidos até 200 biliões de dólares, previstas para entrarem em vigor no próximo dia 1 de Março. O adiamento resulta do que Trump considera progressos nas negociações entre Washigton e Pequim para resolução do conflito comercial entre os Estados Unidos e a China.
O Presidente norte-americano esclareceu mesmo que os progressos se terão verificado em matérias como pirataria informática, direitos de propriedade intelectual, serviços, agricultura e barreiras não alfandegárias ao comércio, incluindo subsídios. E que espera um acordo final sobre o tema, a concluir numa cimeira com o Presidente chinês, em Mar-a-Lago, já no mês de Março.
Embora ainda estejam a ser resolvidas várias questões entre os negociadores de ambas as partes, o Maritime Executive refere que segundo fontes da CNBC, a China terá assumido o compromisso de comprar bens norte-americanos até um trilião de euros (1,2 triliões de dólares).
O anúncio foi bem recebido pela Federação Nacional de Retalhistas (NRF, na sigla inglesa) dos Estados Unidos, que tem apelado ao fim das tarifas suplementares impostas por Trump, sob pena de prejudicar a economia norte-americana. A NRF aproveita o anúncio do adiamento para encorajar a Administração Trump a decidir de forma a que se termine com a incerteza sobre o futuro das tarifas, que tem gerado incerteza e prejuízos à economia do país, afectando empresas, produtores e consumidores.
Os responsáveis da campanha «Tariffs Hurt the Heartland», que contraria a aplicação das tarifas e tem o apoio de fabricantes, retalhistas e organizações tecnológicas e agrícolas de todo o país, emitiu uma nota na qual se mostra encorajada pelo anúncio, que parece revelar que a Administração ouviu as preocupações de empresas e agricultores relativamente às tarifas.
Os responsáveis desta campanha, juntamente com a consultora Trade Partnership, terão publicado um relatório este mês, no qual revelam que as taxas já impostas por Washington Unidos às importações da China custaram 2,3 biliões de euros è economia norte-americana em Novembro de 2018, o último mês com dados disponíveis pelo Gabinete de Censos dos Estados Unidos.
E numa conferência de imprensa bi-partidária que ocorreu no princípio de Fevereiro no Capitólio, os dois parceiros deste relatório revelaram que se as tarifas previstas entrassem em vigor a partir de 1 de Março, como estava estabelecido, os Estados Unidos perderiam, só por esse efeito, cerca de um milhão de postos de trabalho.
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