O crescimento da frota de navios tanque no primeiro semestre de 2016 exerceu uma pressão sobre as respectivas tarifas dos fretes, levando a que os ganhos neste segmento caíssem para níveis que não se registavam desde Setembro de 2014, refere o World Maritime News.
Na primeira metade do ano, foram entregues 23 very large crude carriers (VLCC, com um porte bruto de 200 mil a 320 mil toneladas), quase o equivalente às entregas de todo o ano de 2014 ou 2015. E 37 navios foram encomendados para entrega no segundo semestre deste ano. Segundo o jornal, a situação é semelhante noutros segmentos dos navios tanque (general purpose, large range 1, large range 2 e ultra large crude carrier), excepto no de medium range, cujo afluxo de nova tonelagem começou a abrandar.
Paralelamente, poucos foram os navios tanque enviados para desmantelamento este ano e, atendendo à idade média dos navios, não se espera uma recolha significativa até ao final do ano, refere o jornal.
A consultora Potner & Partners, numa análise recente sobre os navios tanque, citada pelo jornal, no entanto, revelou os principais factores de mercado que podem influenciar as tarifas neste semestre e concluiu que existe mais potencial de valorização do que risco de queda.
Entre esses factores estão o armazenamento de petróleo (para venda futura com lucro, a seis meses, geralmente) a bordo, a procura destes navios, a reentrada do Irão no mercado de exportação petrolífera, a restauração da produção petrolífera canadiana e alguns sinais de reabertura dos portos petrolíferos líbios.
O jornal refere ainda que, segundo analistas, é possível que, a curto prazo, a produção e exportação de petróleo possa registar um suplemento de 300 mil barris por dia, o que não deixará de ter algum impacto no mercado dos navios tanque.
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