A baleia-azul, uma das espécies em vias de extinção a cuja morte para efeitos comerciais não se assistia há décadas, foi documentada numa fotografia a ser capturada pela empresa baleeira da Islândia, Hvalur hf.
Baleia-azul

A organização de conservação do ambiente marinho Sea Shepherd Netherlands documentou recentemente o que peritos consideram ter sido o massacre a uma baleia azul, para fins comerciais. Acontecimento que está a ser viral online, por ser a primeiro assassínio de uma baleia azul em décadas, visto estar esta em vias de extinção.

“Embora não possa descartar totalmente a possibilidade de que seja um híbrido, não vejo nenhuma característica que sugira tal. Das fotografias que vi, tem todas as características de uma baleia azul; dado o notado padrão de coloração, quase não há possibilidade de que um observador experiente a tenha identificado erradamente como qualquer outra coisa no mar”, referiu Phillip Clapham, investigador do Alaska Fisheries Science Center (NOAA). Esta é a 22ª baleia, em vias extinção, abatida para exportação para o Japão por uma empresa baleeira da Islândia, a Hvalur hf, desde 20 de junho de 2018.

Recorde-se que a Comissão Internacional das Baleias (IWC, sigla em inglês) baniu todas as actividades baleeiras comerciais e, especificamente, as relativas às baleias-azuis e às baleias-fin, protegidas pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção, também conhecida como Convenção de Washington (CITES), um Acordo Internacional ao qual os países aderem voluntariamente, envolvendo actualmente cerca de 180 Estados, com o objectivo de assegurar que o comércio de animais e plantas não coloca em risco a sua sobrevivência no estado selvagem.

Note-se que o Japão enfrentou recentemente sua própria controvérsia quando um relatório da IWC revelou que o país tinha matado 122 baleias-anãs grávidas em nome de pesquisas científicas. Paul Watson, fundador da Sea Shepherd, deixa um apelo às autoridades islandesas para que parem esses crimes contra a conservação, que não têm qualquer “justificação legal”.

 



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