Foi ontem retomada a ligação marítima entre o Funchal e Portimão, concessionada à Empresa de Navegação Madeirense, com a viagem do ferry Volcán de Tijarafe da Naviera Armas entre a capital madeirense e a cidade algarvia. O navio, com capacidade para mil pessoas e 300 veículos, chegou ontem de manhã à Madeira, proveniente das Canárias, e terá sido recebido numa cerimónia com a presença de várias individualidades, incluindo o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, ao som de uma banda filarmónica, segundo o Diário de Notícias da Madeira.
Depois do desembarque de 5 passageiros que partiram das Canárias e do embarque de 120 passageiros, decorreram intervenções oficiais previstas das personalidades, que deixaram o navio algum tempo depois. Em seguida, o ferry partiu para Portimão, com uma ocupação de 15%, considerada abaixo das expectativas, que terá merecido o apelo de Miguel Albuquerque aos madeirenses para que viajassem no navio.
Citado pelo Diário de Notícias da Madeira, o presidente do Governo Regional considerou o navio de “excepcional qualidade”, com “todas as condições de conforto e segurança, sendo uma boa oportunidade para fazer férias, com preços acessíveis, ao Continente ou a Canárias”. Preços que, segundo Miguel Albuquerque, são “exactamente iguais” aos que foram praticados na última operação do navio, escreve o mesmo jornal.
Lembrando que o navio fará 12 viagens anuais nos próximos três anos, conforme consta do caderno de encargos, o presidente do Governo Regional madeirense mostrou-se satisfeito com a operação, cujos custos (3 milhões de euros anuais em indemnizações compensatórias ao operador) são financiados pela Madeira, lamentado porém que o Governo da República não assuma os encargos da ligação marítima, à semelhança de Espanha, que subsidia em 70% o transporte marítimo de carga e passageiros.
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