O executivo pretendia um período de defeso de dois meses na captura do goraz, 7% das capturas e 20% do valor de todo o pescado da região, em resposta à quota atribuída pela União Europeia. As associações locais demonstram reservas quanto a este período e o tamanho dos animais, particularmente em S. Miguel e Sta. Maria.
Não houve também consenso no Conselho Regional das Pescas em relação à proposta de distribuição das quotas de goraz por ilha, embora neste caso a solução encontrada tenha sido a de deixar que a Federação de Pescas tente encontrar um consenso com as associações do sector, nos próximos 15 dias.
O Governo dos Açores apresentou hoje aos parceiros sociais das pescas um “documento de trabalho” com propostas de “medidas estratégicas” para o sector que tem como objectivo central” a pesca regional.
Neste contexto, o executivo propõe a criação de “áreas marinhas protegidas”, em que a pesca é restringida ou proibida; um aumento da fiscalização, para diminuir o pescado não declarado e que foge à lota, um estabelecimento de períodos de defeso, a revisão dos tamanhos mínimos dos peixes que podem ser pescados e maiores restrições à pesca lúdica.
O presidente da Federação de Pescas considera as medidas do Governo uma melhoria do sector, mas pede a rapidez da passagem à prática.
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