Quem o diz é Marco Fiori, empresário ligado aos navios tanque, que alerta para a necessidade de criar capacidade de armazenamento de novos combustíveis em terra em menos de dois anos
GNL

Até 2020, em termos de logística, será preciso duplicar o armazenamento de combustível de baixo teor de enxofre em terra, necessário para distribuir aos navios nos portos de todo o mundo, visando cumprir as regras da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla inglesa) que impõem um teor máximo de enxofre de 0,5% no combustível marítimo a partir dessa data, alertou Marco Fiori, CEO da d’Amico International Shipping, empresa armadora de navios tanque, citado pelo World Maritime News.

De acordo com este empresário, as novas exigências da IMO criarão problemas logísticos consideráveis que é preciso resolver. Para Marco Fiori, a logística da distribuição de novos combustíveis de refinarias mais modernas vai requerer muita tonelagem, o que vai gerar mais volume (toneladas) de transporte por milha (ton mile) entre a frota dos navios tanque.

A propósito dos depuradores de gases de escape (scrubbers), o empresário refere que é uma questão para durar um período limitado, durante o qual “muita gente transportará a bordo um equipamento caro e desnecessário”. Considera ainda que a instalação de scrubbers a bordo pode fazer sentido em navios maiores, em termos de disponibilidade de espaço, custo e eficiência, mas não o fará em navios mais pequenos, nos quais essa instalação será uma questão mais complexa.

Marco Fiori concluiu também que em 2020, quando entrarem em vigor as novas regras da IMO sobre combustíveis marítimos, apenas 5% da frota global estará equipada com a tecnologia necessária ao seu cumprimento. Pelo que é preciso encontrar uma solução para 95% da frota, considera.

 



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