Nos próximos tempos, apenas um dos novos navios de cruzeiro a entrar ao serviço serão movidos a gás natural liquefeito (GNL), refere o World Maritime News, citando a associação ambientalista alemã Nature And Biodiversity Conservation Union’s (NABU). O navio será o AIDAnova, da AIDA Cruises, que deverá começar a operar ainda este ano.
Com 180 mil toneladas e capacidade para 6.600 passageiros, o navio fará alguns testes e começará a sua época inaugural em Dezembro, nas Ilhas Canárias. Antes disso, estará em Hamburgo.
A associação salienta a demonstração da renúncia aos combustíveis pesados (heavy fuel oils, ou HFO), muito menos limpos do que o GNL, por parte da empresa que esta solução representa, mas admite que o GNL não é a salvação da indústria marítima, que continua a poluir cidades e comunidades portuárias em todo o mundo, dado que ainda é uma indústria muito baseada nos combustíveis fósseis.
Do mesmo modo, a NABU lembra que já existem soluções técnicas, além do GNL (que não apresenta vantagens em termos de emissão de gases com efeitos de estufa face ao diesel, segundo um estudo da T&E), destinadas à sustentabilidade ambiental, mas que o ideal seriam sistemas de propulsão que não só reduzissem a poluição, mas também fossem neutrais em termos de carbono.
A NABU, segundo o jornal, também esclareceu que dos mais de 70 navios analisados, oito dos nove que chegarão ao mercado ainda este ano ainda serão movidos a HFO. Em todo o caso, a associação refere que a Hapag Lloyd Cruises e a TUI Cruises já utilizam tecnologias redutoras de emissões, como catalisadores de SCR ou outros sistemas baseados em terra.
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