Nos primeiros oito meses deste ano, os portos portugueses movimentaram 61,3 milhões de toneladas de mercadoria, mais 1,6% do que no mesmo período de 2015 e “um novo recorde absoluto de mercadoria movimentadas”, revelou a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).
De acordo com a AMT, este valor “é uma consequência da conjugação de variações positivas da carga embarcada e desembarcada, com +0,3% e +2,5%, respectivamente”, e não é alheio ao “acréscimo de 3,5 milhões de toneladas observado no porto de Sines”.
A AMT revelou também que os portos da “Figueira da Foz, Faro, Setúbal, Leixões, Aveiro, Viana do Castelo e Lisboa apresentaram quebras de -3,2%, -42,6%, -3,3%, -4% -10%, -11,8% e -17,5%, respectivamente”. O porto de Sines conserva a maior quota de mercado (54,4%), seguido dos portos de Leixões (19,5%), Lisboa (10,4%) e Setúbal (8,2%).
Já no mercado de contentores, os portos portugueses registaram um movimento de 1,75 milhões de TEU de Janeiro a Agosto (-1,3% do que no período homólogo do ano anterior). Para a AMT, esta quebra é determinada “pelo porto de Lisboa, que regista uma quebra de -30,9% no volume de TEU movimentado”. Nem o aumento de movimento nos portos de Setúbal (+41,2%), Figueira da Foz (+16%), Leixões (7,3%) e Sines (+1,7%) anularam esta queda.
Também aqui o porto de Sines lidera o mercado, com 54% do total de TEU movimentados, seguido dos portos de Leixões (25,6%), Lisboa (13,3%) e Setúbal (6,2%).
Segundo a AMT, nos primeiros oito meses deste ano, registaram-se 7.156 escalas de navios de vários tipos (-1,5% face ao mesmo período de 2015), correspondentes a uma arqueação bruta global superior a 128,6 milhões (+3,5% relativamente do que no período homólogo de 2015).
Em termos de carga, diz a AMT que a Carga Geral registou um aumento de 2,7% face ao período homólogo do ano anterior e os Granéis Líquidos cresceram 5,6% face ao mesmo período de 2015. No primeiro caso, foi consequência do “crescimento do mercado de carga contentorizada (+7,8%)” e no segundo do aumento do “movimento do Petróleo Bruto (+24,8%). Os Granéis Sólidos registaram uma queda de -7,5%, resultante de quebras acumuladas nos “mercados do Carvão e dos Outros Granéis Sólidos”.
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