Os portos do Continente movimentaram 62,9 milhões de toneladas de mercadoria de Janeiro a Agosto (inclusive), menos 4,3% do que no período homólogo de 2017, revelou a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). De acordo com a AMT, “o porto que mais contribuiu para este desempenho negativo foi Sines”, que perdeu carga nos mercados de carvão, produtos petrolíferos e mercadoria contentorizada.
A AMT refere também que no período em análise, o porto de Lisboa registou uma diminuição significativa no movimento de carga contentorizada e não esqueceu as quebras expressivas de movimento de carga fraccionada nos portos de Leixões e Setúbal e de minérios também em Leixões. Em termos globais, a AMT refere que os portos de “Viana do Castelo, Lisboa, Setúbal e Sines registaram uma redução no volume de carga movimentada de respectivamente -10,2%, -3,2%, -1% e -7,9%”. Portimão, por seu lado, registou uma quebra de 54,1%.
Por outro lado, diz a AMT, “Leixões, Aveiro e Figueira da Foz atingiram os valores mais elevados de sempre, após acréscimo muito ligeiro de +0,03% do primeiro e de cerca de +3,9% dos dois últimos”.
Se tomarmos apenas o mês de Agosto, a AMT destaca os comportamentos negativos de “Lisboa com uma variação homóloga de -12%, Leixões com -8,8% e Sines com -7,4%”. Já com um registo positivo, a AMT refere os comportamentos de “Aveiro, com +26,5%, e Figueira da Foz, com +17,2%”. No caso de Lisboa, e mesmo relativamente ao comportamento ao longo dos 8 meses em análise, a AMT refere que a estes resultados “não são alheias as perturbações laborais a que se tem assistido e que levaram à procura de outros portos por parte dos armadores”.
A AMT revela também que “a nível do movimento geral de navios, considerando as diversas tipologias de carga, incluindo os de cruzeiro de passageiros, e independentemente das operações que efectuaram, constata-se que o período de Janeiro a Agosto de 2018 reflecte uma redução de -1,5% no número de escalas, que se fixaram em 7 230, e de -1,6% no volume de arqueação bruta, que totalizou 135,2 milhões”.
Diz ainda que “no que respeita ao número de escalas, assinala-se o facto de apenas Setúbal, Faro e Portimão terem registado um acréscimo, com o primeiro a registar +55 escalas (+5,1%) e os outros +16 e +20, respectivamente” e acrescenta que “dos portos cujo número de escalas diminuiu destaca-se Sines, com uma quebra de -108 (-7,1%), Douro e Leixões e Lisboa com -30 (-1,7% e -1,8%, respectivamente) e Viana do Castelo com -20 (-13,1%)”.
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