As autoridades portuárias de Antuérpia, Hamburgo, Roterdão, Le Havre e Bremen/Bremerhaven exprimiram o seu apoio à criação de zonas de emissões reduzidas de nitrogénio (Nitrogen Emission Control Areas, ou NECA) nos Mares do Norte e Báltico em 2021, refere o World Maritime News.
De acordo com a autoridade do porto de Roterdão, citada pelo jornal, as candidaturas dos Mares do Norte e Báltico a zonas NECA constitui um “grande oportunidade para diminuir ainda mais o impacte nocivo sobre o ambiente”. Nesse sentido, a mesma entidade apelou a todos os membros do Comité para a Protecção do Ambiente Marítimo da IMO para apoiarem esta pretensão durante a 70ª sessão deste comité, que decorre em Londres, até 28 de Outubro.
Apesar de já terem sido obtidos resultados relativamente à redução de emissões de nitrogénio a partir de fontes terrestres, a indústria do transporte marítimo, responsável pelo aumento das emissões de óxido de nitrogénio, ainda não conseguiu cumprir o mesmo objectivo, segundo o jornal.
Segundo análises científicas, o dióxido de azoto é um dos principais causadores da chuva ácida, dado que a sua associação à água existente na atmosfera forma o ácido sulfuroso.
Nesse sentido, e face à pressão para que os portos reduzam a sua pegada ambiental como requisito para poderem continuar a operar, estas autoridades portuárias reclamam este apoio à criação de zonas NECA. O jornal recorda que muitos portos integram instalações industriais e localizam-se próximo de zonas residenciais ou de sítios da rede Natura 2000, nas quais acabam por gerar grandes concentrações de emissões de nitrogénio.
Actualmente e desde 2015, os navios que navegam no Mar do Norte e Mar Báltico, que já são zonas ECA (Emissions Control Areas), usam combustíveis com teor de enxofre até 0,1%. Teores mais elevados, só com sistemas de limpeza de escape ou outro tipo de combustível. No resto do mundo (excepto nestas e outras zonas ECA), o teor de enxofre admitido é de 3,5%. Até 2020, em todas as zonas, esse limite deverá passar a ser 0,5%, mas o adiamento desse prazo por cinco anos está em debate na reunião de Londres.
