A American Association of Port Authorities considera que as taxas aduaneiras impostas por Trump aos produtos chineses importados pelos Estados Unidos não se devem aplicar às gruas, sob pena de os portos norte-americanos perderem competitividade face à concorrência
Alphaliner

Numa audição na agência que aconselha Donald Trump sobre política comercial, um representante da Associação Americana das Autoridades Portuárias (American Association of Port Authorities, ou AAPA), instou o Governo dos Estados Unidos a excluir das taxas aduaneiras sobre produtos chineses as gruas para contentores que os portos norte-americanos encomendaram à China.

Segundo o Maritime Executive, os portos norte-americanos consideram adquirir esse equipamento junto de fabricantes chineses, até porque não têm uma alternativa doméstica para o fornecimento destes produtos. Pelo que o impacto das taxas sobre produtos chineses exportados para os Estados Unidos teria um impacto muito negativo sobre portos norte-americanos, conforme a AAPA já tinha manifestado em comunicado.

Ainda de acordo com a mesma publicação, citando fonte da AAPA, vários portos norte-americanos têm encomendas de gruas chinesas no valor de 12,1 milhões de euros por grua, o que significaria que os 25% de tarifas adicionais sobre produtos chineses até 173 mil milhões de euros (200 mil milhões de dólares) teriam custos suplementares tão elevados para os portos dos Estados Unidos que os tornariam pouco competitivos face aos portos canadianos e mexicanos que concorrem pela mesma carga.

Para a AAPA, a aplicação das taxas sobre a carga chinesa importada e os equipamentos de todos os portos dos Estados Unidos, bem como as medidas retaliatórias da China, afectariam 8,4% (em valor) do comércio de todos os portos norte-americanos. Só na Califórnia, as taxas e as retaliações chinesas teriam um impacto sobre 20% da carga contentorizada importada por aquele Estado, que a AAPA estima em 55 mil milhões de euros em valor comercial.

 



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