Prosseguem as críticas domésticas e externas à anunciada medida de cobrar uma taxa sobre o aço importado pelos Estados Unidos. Um Director do porto de Houston e um analista da BIMCO não antecipam bons resultados decorrentes da medida
Hapag-Lloyd

Uma das mais recentes críticas à proposta da Administração Trump de impôr tarifas sobre a importação de aço e alumínio dos Estados Unidos partiu do Director Executivo do porto de Houston, Roger Guenther, um importante porto de importação de aço da América do Norte, refere o World Maritime News.

Para Roger Guenther, a história do porto de Houston demonstra que a um aumento de tarifas sobre o aço, segue-se um período de declínio. E em 2017, este porto registou um recorde de movimentação de carga, muito induzido pela importação de aço e carga contentorizada, refere o jornal.

Uma preocupação semelhante tem Peter Sand, analista da BIMCO, uma associação internacional de agentes económicos dedicados ao transporte marítimo, que considera qualquer barreira ao comércio negativa para esta actividade. Neste caso, como o aço que chega por via marítima ao país percorre longas distâncias, depois da medida, é normal que os mercados alternativos para o produto se traduzam em menores distâncias percorridas, considera o analista.

Uma outra análise refere que na sequência da medida, os importadores norte-americanos de aço, como os fabricantes de automóveis, serão forçados a optar por aço nacional, que é precisamente o objectivo de Donald Trump, pagando mais por isso, mas nunca tanto como o que pagariam por aço importado com preço agravado pelas taxas.



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