“A operacionalidade do porto de Setúbal encontra-se perfeitamente normalizada”, admitiu esta semana a ministra do Mar, durante uma audição na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas da Assembleia da República solicitada por requerimento do Bloco de Esquerda a propósito do conflito laboral naquela infra-estrutura portuária.
Ana Paula Vitorino admitiu também que existem indícios de recuperação do porto setubalense, que em Janeiro tinha recuperado três linhas regulares, uma das quais de transporte de contentores e outra de transporte de carga ro-ro, e conquistado duas novas linhas, face ao período anterior à paralisação laboral dos estivadores.
Na opinião da ministra do mar, a recuperação também pode ser aferida pelo facto de, segundo dados provisórios referentes a Janeiro deste ano, o porto de Setúbal registar um aumento de 3,4% na movimentação total de mercadoria face ao período homólogo de 2018, com destaque para um crescimento de 2% na movimentação de carga ro-ro e de 6% no movimento de carga contentorizada.
Na audição, a ministra do Mar também considerou que o carregamento de veículos da Autoeuropa por estivadores que não trabalham habitualmente no porto de Setúbal, em substituição dos estivadores que paralisaram a sua actividade foi feito em condições de legalidade, sem violação do direito da greve, não só porque formalmente só decorria uma greve às horas extraordinárias e os trabalhadores externos cumpriram turnos ordinários, mas também porque os estivadores que executaram a tarefa estavam todos devidamente contratados e habilitados para o efeito, conforme foi verificado pela Autoridade para as Condições de Trabalho no próprio terminal portuário.
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