A empresa de petróleo estatal da Venezuela, PDVSA, confirmou na última semana que não suspendeu transacções com a empresa alemã Bernhard Schulte Shipmanagement (BSM), apesar da mesma ter afirmado que retiraria tripulação de 10 navios da PDVSA e devolveria os petroleiros, devido à falta de pagamento de taxas, avançou a Hellenic Shipping News.
Na Terça-feira, a PDVSA já tinha declarado falta de pessoal a bordo devido a contas por pagar no valor de cerca de 13 milhões de euros. A BSM propusera na altura retornar aos portos da Venezuela. No entanto, na última Quinta-feira, as embarcações Nereo, Proteo, Zeus, Herói, Eos, Teseo, Rio Caroni, Rio Apure, Rio Orinoco e Arita já tiveram equipas da BSM, e estão agora a negociar com a PDVSA.
Apesar de tudo, a PDVSA ainda não elaborou um plano para operar os navios devolvidos e a BSM não fez comentários imediatos sobre os retornos dos navios. “A PDVSA continua a trabalhar com a BSM e oferece transporte marítimo de hidrocarbonetos e serviços de rebocadores, atingindo taxas diárias satisfatórias”, referiu a empresa por meio de um post no Twitter. Que “não possuímos pessoal suficiente para todos os navios não é novidade. A PDVSA deve numerário a todos, até mesmo à sua própria tripulação”, conclui.
A BSM opera uma frota de 15 navios da PDVSA, operando também em Portugal. Sendo que no mês passado, a tripulação da empresa alemã abandonou dois navios ancorados em Portugal – o Rio Arauca e o Parnaso – depois de manter o pessoal a bordo por mais de 20 meses.
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