Reuniram-se ontem, pela primeira vez em Lisboa, a bordo de um veleiro, 15 organizações não-governamentais (ONG) portuguesas e espanholas para “coordenar o seu trabalho em assuntos chave”, nomeadamente sobre tópicos como a stock da sardinha, as oportunidades de pesca de espécies de profundidade ou a implementação da Política Comum de Pescas (PCP).
Houve especial enfoque na pesca de espécies de profundidade, pois vai ser emitido, em Novembro, o parecer científico para os próximos dois anos, pelo que estas terão maior relevo junto das organizações. Ainda para mais, são espécies particularmente vulneráveis e de lento crescimento que requerem pareceres precaucionários. Como resultado, será solicitada uma reunião ao Comissário Europeu para o Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella.
Na sequência do que consideram ser a grave situação do stock da sardinha ibérica, ONGs, que já cooperavam sentiram maior necessidade de trabalhar em conjunto pois, defendem, “só será possível ter pescarias sustentáveis e ecossistemas marinhos saudáveis na região se existir uma cooperação próxima e continuada entre as organizações dos dois países”, refere o comunicado oficial.
No entanto, os desafios das águas vão para além das pescas, Desde lixo marinho, planos de prospecção de petróleo e gás natural, a poluição e gestão insustentável dos rios, são inúmeros os assuntos que requerem atenção e cuidado dos “protectores do mar”. Em concreto, nesta reunião foi adoptada uma lista de assuntos que irão acompanhar com comunicações e eventos conjuntos.
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