Várias Organizações Não Governamentais exigiram ontem ao Governo que adopte uma posição contra a mineração em águas profundas na próxima reunião sessão anual da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, em Agosto, e solicitaram um encontro com o Executivo para exporem os seus argumentos
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Ontem, em comunicado, a Seas At Risk – uma associação europeia de várias ONG ambientais que trabalham na área do meio marinho -, em articulação com os seus membros portugueses, nomeadamente o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), a Liga Para a Protecção da Natureza (LPN), a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza e a Sciaena, exigiu ao Governo que adoptasse “uma posição firme contra a mineração em águas profundas”.

Recordando que “na próxima sessão anual da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (de 7 a 18 de Agosto de 2017), os Estados Membros votarão sobre as possíveis reformas da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, bem como sobre os procedimentos para o desenvolvimento de regulamentos ambientais internacionais”, a Seas At Risk, apoiada pelo GEOTA, a LPN, a Quercus e a Sciaena, defendeu que o Governo português “tem de tomar uma posição ambiciosa nesta reunião e deverá garantir que a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos aplique efectivamente o princípio precaucionário e que se cessem todos os trabalhos de prospeção e exploração de minérios atualmente em vigor”.

Juntamente com esta exigência, as várias ONG solicitaram “ao Governo português uma reunião” para exporem “as preocupações e argumentos sobre por que razões a Humanidade não necessita de mineração nos fundos marinhos e ainda porque deverá haver uma aposta numa economia circular que respeite a integridade e proteja os ecossistemas e biodiversidade nos fundos marinhos”.

Para as ONG, “a mineração em mar profundo encontra-se em conflito directo com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030, em particular com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável dos oceanos e de consumo e produção sustentáveis”. De acordo com estas ONG, “os riscos de impactos ambientais significativos e irreversíveis requerem urgentemente uma forte aplicação do princípio precaucionário de forma a proteger o mar profundo desse sector emergente”.

 



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