Onze países – Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Perú, Singapura e Vietname – chegaram finalmente a um entendimento sobre o Comprehensive Progressive Agreement for Trans-Pacific Partnership (CPTPP), um acordo de livre comércio entre os países que banham o Oceano Pacífico e que se espera que seja assinado em Março, no Chile, segundo várias fontes internacionais. Com o acordo, que representará um PIB de cerca de 10,1 triliões de euros (15,8% do PIB mundial), prevê-se que serão eliminadas mais de 98% das tarifas numa zona comercial com um PIB combinado de 11 triliões de euros.
Trata-se de uma nova versão do Acordo de Livre Comércio Trans-Pacífico, assinado em Fevereiro de 2016 e do qual os Estados Unidos foram parte integrante até Donald Trump excluir o país dessa parceria. Com os Estados Unidos, o antigo acordo teria gerado em 2017 um PIB de 26 triliões de euros (40% do PIB mundial).
A propósito da nova parceria, que incluirá 18 acordos entre as partes, o ministro da Economia do Japão, Toshimitsu Motegi, disse que será um “mecanismo para superar o proteccionismo” emergente em várias partes do mundo e que o seu país tentaria persuadir os Estados Unidos a juntarem-se novamente. Justin Trudeau, o Primeiro-Ministro do Canadá, que aderiu apenas após acordos renegociados sobre automóveis com o Japão, referiu que foi um óptimo dia para o Canadá e um óptimo dia para o comércio de todo o mundo.
Já o ministro do Comércio e das Exportações da Nova Zelândia, David Parker, referiu que “o CPTPP fornecerá aos exportadores da Nova Zelândia acesso preferencial, pela primeira vez, ao Japão – a terceira maior economia do mundo e o nosso quinto maior mercado de exportação”. Disse ainda que “será também o primeiro acordo de livre comércio da Nova Zelândia com o Canadá (o nosso 13º maior mercado de exportação), México (21º) e Perú (46º)”, tendo acrescentado que o CPTPP é importante para os países aderentes devido às ameaças actuais à eficácia da Organização Mundial do Comércio e ao aumento do proteccionismo em muitas partes do mundo, numa alusão aos Estados Unidos.
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