O Governo neo-zelandês quer proteger o seu meio marinho e para isso criou regras sobre bio-incrustação nos navios aplicáveis a todos os que entrem nas suas águas
IMO

A partir de 15 de Maio, a Nova-Zelândia será o primeiro país com regras sistematizadas contra a bio-incrustação, aplicáveis a todos os navios mercantes e de recreio que entrarem nas águas do país, refere o World Maritime News. O jornal acrescenta que o Governo neo-zelandês emitiu um guia para ajudar os operadores a conhecerem e entenderem as novas regras, bem como o seu modo de aplicação.

Segundo o Ministério das Indústrias Primárias (MIP) da Nova-Zelândia, citado pelo jornal, as autoridades verificarão a conformidade do navio com as regras a partir dos documentos fornecidos pelos operadores relativos à manutenção, limpeza e tratamento das superfícies.

Todavia, o Governo neo-zelandês admite que nem todos os navios poderão cumprir as regras agora impostas, pelo que foi criado um manual de gestão de risco para embarcações que prevê a possibilidade de algumas unidades, como navios de cruzeiro ou de pesca, poderem adoptar planos específicos à sua medida nesta matéria, embora conformes com a nova legislação.

Em todo o caso, os navios que não cumprirem as suas obrigações nesta matéria, terão as suas escalas interrompidas ou suspensas e poderão mesmo ser expulsos do país, sempre à custa do respectivo operador ou do armador. Para o MIP, a incrustação de espécies nos cascos dos navios ou trazidas nos tanques nas águas de lastro constituem um risco para os ecossistemas marinhos e a própria indústria de aquicultura da Nova-Zelândia, que o Governo quer prevenir.



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