As empresas norueguesas Wilhelmsen e Kongsberg formaram a Massterly, a primeira companhia de transporte marítimo autónomo do mundo, baseada em Lysaker, na Noruega. A nova empresa, que deverá estar totalmente operacional em Agosto deste ano, pretende disponibilizar uma cadeia de valor completa para navios autónomos, ou não tripulados, contemplando design, desenvolvimento, sistemas de controlo, logística e operações de navios.
Recorde-se que em 2017, a Kongsberg e outra empresa norueguesa, a produtora de fertilizantes Yara, juntaram-se para construir o primeiro navio autónomo e de zero emissões do mundo, o Yara Birkeland, até 2020. O navio navegará entre as instalações da Yara, em Herøya, e os portos de Brevik e Larvik. Do mesmo modo, a Massterly deverá operar e equipar navios autónomos, como oYara Birkeland, segundo refere a Kongsberg em comunicado.
O presidente e CEO da Kongsberg, Geir Håøy, considera que brevemente, quando os navios autónomos se tornarem uma realidade, a Massterly será determinante para digitalização das infra-estruturas e operações. Para este responsável, as operações remotas constituem um desenvolvimento importante na indústria de transporte marítimo e a Noruega tem estado na vanguarda desta evolução graças a uma colaboração estreita entre o cluster marítimo e as autoridades marítimas do país.
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Como irão resolver tão ràpidamente a questão das numerosas convenções: IMO, ILO, etc.
E como será substituído o Comandante (juridicamente falando), nomeadamente quando for requerida a sua presença física perante autoridades dos mais diversos portos? por delegação do armador em agentes de navegação? salvo o devido respeito, como poderia um agente ter competência para tal? ou será o “controlador” à distancia (do outro lado do mundo?) que juridicamente também poderá comandar o navio? não bastará perceber de navegação: COMANDAR um navio é muitíssimo mais que isso…