O tráfego marítimo entre a Ásia e a costa leste dos Estados Unidos via Canal do Panamá encaminha-se para um panorama de redução de serviços e navios maiores, de acordo com a consultora Drewry, citada pelo World Maritime News.
“Com base em projecções recentes, os armadores não antecipam diferenças significativas no comércio entre a Ásia e a costa leste dos Estados Unidos via Panamá a partir de Julho”, refere a Drewry, na medida em que o número de serviços semanais se deverá manter nos 14.
Mas a dimensão média dos navios deverá aumentar 25%, para as 5.900 TEU, um número abaixo das 13 mil a 14 mil TEU, que são o limite máximo aceitável no Canal do Panamá após a sua expansão, nota ainda a consultora, citada pelo World Maritime News.
De acordo com o jornal, as alianças de transporte marítimo CKHYE e G6 já anunciaram planos para aumentar a dimensão dos navios utilizados entre a Ásia e a costa leste dos Estados Unidos nas rotas pelo Panamá.
A primeira fará alterações mais significativas na sua capacidade, ampliando os seus três serviços pelo Panamá para um máximo de 8.500 TEU e transferindo um serviço pelo Canal do Suez para o Canal do Panamá.
A última lançará em Julho o novo serviço NYX, com 10 unidades de 10 mil TEU, que substituirá dois percursos actuais (NCE e NYE/SCE Combo) realizados com navios de metade dessa dimensão, o que significa que o aumento líquido na capacidade nominal semanal será negligenciável, refere o jornal.
A partir de Julho, existirão nove serviços semanais com navios Panamax (capacidade até 5 mil TEU), o que representará uma boa margem para a sua ampliação, mas com a diminuição da procura de serviços entre a costa leste dos Estados Unidos e o Golfo do Panamá, a Drewry admite que essa alteração seja gradual.
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