Em Janeiro e Fevereiro, os portos do Continente movimentaram 15,35 milhões de toneladas de carga, mais 4,3% (627 mil toneladas) do que no período homólogo de 2018, refere a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). Para este acréscimo contribuíram essencialmente os desempenhos dos portos de Sines (+744 mil toneladas), Leixões (+110 mil toneladas) e Viana do Castelo (+26 mil toneladas), que anularam as quebras registadas em Lisboa, Figueira da Foz, Aveiro e Faro.
Por tipo de mercadoria, este desempenho ficou a dever-se principalmente aos Produtos Petrolíferos (+451 mil toneladas) e à Carga Contentorizada (+435 mil toneladas), sem esquecer o Carvão (+174 mil toneladas) e a Carga Fraccionada (+121 mil toneladas), contrariando as quebras do Petróleo Bruto, Outros Granéis Sólidos e Produtos Agrícolas, face ao mesmo período de 2018, nota a AMT.
No período em análise, a AMT nota que o segmento dos Contentores cresceu 10%, para 495.814 TEU e que neste segmento registaram-se as melhores marcas de sempre relativamente a períodos homólogos nos portos de Leixões e Setúbal. Em Sines a variação subiu 14,1%, para 291.961 TEU, face a Janeiro e Fevereiro de 2018. Já nos portos de Lisboa e Figueira da Foz verificaram-se quebras de 11,2% e 12,3%, respectivamente.
“Ainda relativamente ao porto de Sines, importa sublinhar que o peso do transhipment no volume movimentado no próprio porto reduziu de 78,1% em 2018 para 72,4% em 2019, por efeito do forte crescimento que se assistiu no tráfego com o hinterland, que registou um acréscimo de +43,6%, tendo atingido 80.436 TEU (superior em 24,3% ao volume movimentado em Lisboa e inferior em 27,4% ao de Leixões)”, refere a AMT.
Quanto ao movimento de navios no mesmo período, verificaram-se 1.622 escalas, menos 3,9% do que nos meses homólogos de 2018, e “um volume de arqueação bruta de 30,9 milhões, que reflecte um acréscimo de +4%”, nota a AMT. Registaram-se menos escalas em todos os portos, excepto no de Setúbal, “que aumentou +6,1%, e de Sines, que manteve o número registado em 2018”, refere a AMT, sublinhando que as quebras mais relevantes foram, em valor absoluto, em Lisboa (menos 34, ou seja, -8,9%), e em valor relativo, na Figueira da Foz (menos 14 escalas, ou seja, -17,7%), sem considerar “as variações do número de escalas nos portos algarvios, que é inferior a 10”.
“No que respeita à arqueação bruta, importa enfatizar o porto de Leixões que, ao ultrapassar os 5,2 milhões, representando um acréscimo de +10,8%, regista a melhor marca de sempre nos períodos homólogos” e “importa também assinalar o crescimento verificado em Sines, de +10,9%, atingindo 15,5 milhões, e em Viana do Castelo, de +2,5%”, refere a AMT, notando ainda que “os restantes portos registam uma quebra no volume de arqueação bruta dos navios que os escalaram, destacando-se -9,8% em Lisboa, -9,7% e de -5% em Setúbal”.
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