China aprovou aquisição da Hamburg Süd pelo grupo Moller-Maersk
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O Governo chinês aprovou esta semana a aquisição da companhia Hamburg Süd pelo grupo Moller-Maersk, que deverá concretizar-se, segundo a Reuters, pelo valor de 3,7 mil milhões de euros.

O grupo calcula que esta fusão poderá significar uma poupança operacional anual de 258,7 a 342 milhões de euros. No entanto, a integração não começa até que se obtenham todas as aprovações necessárias, que, segundo o porta-voz da Maersk, é o que está a faltar, restando ainda autoridades reguladoras de países como o Brasil, a China ou a Coreia do Sul. Aprovações que a empresa espera garantir até Dezembro, ou no início de 2018.

Segundo o World Maritime News, o acordo está sujeito a uma série de condições, como o compromisso da Maersk de não estender à Hamburg Süd alguns acordos (vessel sharing agreements, ou VSA) que mantém na rota Extremo Oriente-Costa Ocidental da América Latina, de terminar com VSAs mantidas pela Hamburg Süd nessa rota e de não subscrever acordos semelhantes com os seus principais concorrentes até cinco anos após a conclusão da fusão. A empresa terá ainda que reduzir a capacidade de ambos os contratantes para contentores de refrigeração na rota Extremo Oriente-Costa Oeste da América Latina durante três anos.

“A Maersk pagou um montante significativo à Hamburg Süd, no entanto, considerando a onda de consolidação na indústria, nunca se obtém nada de forma económica”, de acordo com o analista Morten Imsgard, do banco dinamarquês, Sydbank, acrescentando que o preço final estava dentro de sua estimativa mais alta.

Esta aquisição fortalecerá a presença da empresa dinamarquesa no comércio global, particularmente na América Latina, onde a Hamburg Süd já está instalada há bastante tempo, no entanto manterá a empresa com o seu nome. Isto porque, como refere Soren Skou, Director Executivo da Maersk, “ao manter a Hamburg Süd como uma empresa separada e bem gerida, vamos limitar os riscos e custos de transacção e integração, enquanto ainda extraímos as sinergias operacionais”.



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