O Grupo Maersk registou uma queda de 16% nas receitas durante o segundo trimestre de 2016 face ao período homólogo de 2015, o que foi considerado insatisfatório por Søren Skou, CEO do grupo.
Para este resultado, segundo o Grupo Maersk, contribuiu a queda do preço médio das tarifas dos fretes no transporte marítimo (-24%) e do preço do petróleo (-26%), factores parcialmente compensados pelo aumento de movimento de contentores (+6,9%) e dos direitos de produção petrolífera (+8,2%).
Alem disso, reduções em despesas e optimizações operacionais contribuíram igualmente para mitigar o impacto das condições menos favoráveis de mercado, de acordo com o CEO do Grupo Maersk.
De acordo com o grupo, foi na América do Norte e na Ásia Central e Oriental que o efeito da queda das tarifas dos fretes se fez sentis com maior intensidade, reflectindo uma concorrência crescente. Mas em África, Oceânia e na Europa, esse efeito também se fez sentir, em resultado de desequilíbrios de mercado, embora em África o maior impacto tenha decorrido de menor procura.
A receita do APM Terminals, subsidiária do Grupo Maersk para a exploração portuária, também diminuiu, com as margens ainda sob pressão, dado que os terminais em mercados dependentes do petróleo enfrentam perdas de movimento e os terminais comercialmente mais exigentes na América Latina, Noroeste Europeu e Egipto não recuperaram negócios que compensassem a perda anterior de serviços.
Por seu lado, também no segundo trimestre deste ano, a Maersk Line, registou perdas de 135 milhões de euros, um resultado em diferente do lucro de 450 milhões de euros registado no período homólogo de 2015. As receitas desta empresa diminuíram 19% face a igual período do ano anterior, também muto devido à descida dos preços médios das tarifas médias dos fretes.
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